Canhões de Fernando de Noronha

A ligação do escultor e restaurador Jobson Figueiredo com Fernando de Noronha começou em 1987, quando foi convidado a produzir obras de arte inspiradas na paisagem local. Desde então, além da produção artística, ele se dedicou à documentação do sistema de defesa da ilha — um dos mais importantes do século XVIII, com 10 fortes e dezenas de canhões.

Por mais de 30 anos, Jobson registrou, fotografou e estudou o estado desses armamentos históricos, muitos em avançado estado de deterioração. Seu trabalho contínuo tornou-se uma importante fonte de conhecimento sobre a história militar de Noronha, levando-o a atuar como assessor em ações de preservação.
Em 2018, a 7ª Região Militar convidou Jobson para colaborar, de forma voluntária, em uma missão de reconhecimento e preservação dos canhões da ilha. A equipe, composta por militares, técnicos do IPHAN, ICMBio e moradores locais, percorreu os pontos onde os armamentos estavam espalhados.

O trabalho resultou na localização, catalogação e georreferenciamento de 62 peças históricas — 55 canhões e 7 peças de artilharia Vickers Armstrong. Esse esforço conjunto marcou um passo importante na preservação do patrimônio histórico-militar de Fernando de Noronha.